A corrupção tira tanto dinheiro dos cofres públicos que vez e outra é preciso criar um novo tipo de imposto ou aumentar os existes. Alexandre Padilha, ministro da saúde, propôs a ideia de aumentar os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas e – pasmem – motos e carros. Na opinião dele, esses produtos prejudicam o sistema de saúde.
O que temos é mais uma prova de que nossos ministros são tão preparados para o poder que exercem quanto os vereadores de nossa cidade são para o deles. Mais uma vez querem resolver problemas da forma errada, não sabendo que “mal se acaba pela raiz”. Quando um ser inteligente terá o nobre cargo de ministro brasileiro? Tudo bem que se aumente os impostos sobre cigarros e bebidas de alto teor, pois de qualquer forma eles realmente prejudicam a saúde e causam problemas. Mas aumentar os já estratosféricos impostos dos veículos?
Nas palavras de Padilha: “Eu defendo que fontes possíveis sejam a tributação de cigarro, pelo impacto que o cigarro tem na saúde do país, tributação do álcool, pelo impacto que o álcool tem na saúde do país, tributação de motocicletas, carros, porque os acidentes de trânsito vitimam as pessoas e impactam na saúde do país. Eu defendo isso”. Claro que nem tudo que ele falou hoje em Canoas (RS) foi insensato. Padilha defendeu a ampliação da parte do DPVAT destinada ao Fundo Nacional de Saúde, que atualmente é de 45%. Segundo ele, cerca de 35% dos leitos do SUS são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito.
Como sabemos, a solução de tudo seria investir mais em educação. Teríamos menos fumantes, menos bêbados dirigindo ou agredindo pessoas, menos jovens pagando de piloto e menos impostos. Infelizmente nossos líderes políticos não querem mostrar que um “mais” torna “menos” a maioria dos problemas sociais.
No fim das contas, só nos resta a indignação por morar num país formado por políticos desonestos e cidadãos cegos. Como o Horácio Mouta diz, “o problema do Brasil é o brasileiro”. Verdade comprovada.
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