terça-feira, 28 de junho de 2011

Dodge Caliber: um “hatch” americano a partir de R$105.000

dodge caliber guaruja 1 Dodge Caliber: um hatch americano a partir de R$105.000
Ele parece um crossover, mas não é. O Dodge Caliber é considerado um hatchback compacto nos Estados Unidos, país onde é produzido desde 2006 na fábrica de Belvidere, Illinois.
O modelo utiliza a plataforma PM/MK, mesma de modelos como Jeep Compass e Patriot, além de Mitsubishi Outlander e ASX. O modelo também é produzido em Valencia, Venezuela.
Bom, encontramos o Caliber na revenda Andrecar, em Guarujá – SP. Essa loja é a mesma em que fizemos a matéria do Ford Mustang V6, em maio de 2009. A loja dispõe de dois exemplares do hatch da Dodge.
dodge caliber guaruja 4 Dodge Caliber: um hatch americano a partir de R$105.000
Caliber Mainstreet
A primeira impressão do Caliber é que se trata de fato de um crossover e não um simples hatch. Pelo falta de um hatch de verdade, a Chrysler passou a identificar o Caliber assim.
O estilo robusto mostra que o Caliber aparentemente pode enfrentar nossas ruas e estradas defeituosas. As rodas de liga leve são aro 17 com pneus 215/60 R17, o que deve garantir conforto ao rodar.
Como são apenas dois exemplares e de importador independente, não foi possível andar no Caliber. Os modelos estão sendo oferecidos por R$105.000 e R$109.000, este último com teto solar elétrico.
A versão trazida pela Andrecar é a versão Mainstreet, que custa nos Estados Unidos US$18.260. O modelo traz: ar condicionado manual, trio elétrico, direção hidráulica, faróis de neblina, rádio XM, CD/MP3, controle de velocidade, quatro alto-falantes, retrovisor interno eletrocrômico, banco do motorista com regulagem de altura elétrica, coluna de direção regulável, computador de bordo, entre outros.
Equipado com motor 2.0 16V de 158 cv e 19,4 kgfm, o Caliber possui transmissão automática CVT sem opção de mudanças manuais. Entre os itens de segurança, o modelo possui airbag duplo frontal, airbag de joelho para o motorista e dois airbags de cortina.
ABS, Brake Assist e ESP (controle de estabilidade) também estão presentes no carro americano. Mas vamos às impressões desse interesse hatch que mais parece um crossover.
dodge caliber guaruja 19 Dodge Caliber: um hatch americano a partir de R$105.000
Robustez e simplicidade
Como já falamos, o Caliber parece mas não é. Na frente, uma grande grade cromada e pára-choque parrudo com faróis de neblina passam à impressão de um utilitário esportivo. Os faróis são grandes e de lente simples, tal como se fossem de uma picape. Os pára-lamas são abaulados e aumentam o porte do veículo.
O capô é pesado, mostrando que há mais robustez na estrutura do Caliber que o necessário. No entanto, o Caliber é baixo (1,53 metro), apesar de parecer o contrário. Mesmo assim, não se preocupe com a altura interna e nem com a possibilidade de bater o assoalho nas lombadas.
A traseira é truncada tanto quanto a frente, tendo grandes lanternas com desenho retangular e visual com linhas retas e limpas. Há apenas o necessário, sem adornos exagerados, como vemos em aventureiros urbanos no Brasil. A tampa traseira, ao contrário do capô, é leve e de fácil manuseio.
O acabamento externo é simples, mas de boa qualidade. Há antena fixa para o rádio, apliques de plástico sem pintura no teto e tampa traseira, além dos retrovisores sem pintura. As rodas de liga leve têm desenho conservador e agradável.
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No interior, o Caliber apresenta visual sóbrio, com tom escuro e alguns cromados no volante, puxadores das portas, painel e console da transmissão. Está do jeito que o brasileiro gosta, segundo algumas montadoras.
Há muitos plásticos, mas de aparente qualidade. Tecido mesmo, só nos bancos e em partes das portas, onde há um tecido acolchoado. No geral, o acabamento é bastante simples e funcional. O tecido dos bancos é macio e confortável.
A posição de dirigir é boa e ainda conta com duas regulagens para banco (elétrica) e volante. Os comandos atrás do volante são intuitivos e garantem fácil manuseio. O sistema de áudio e ar condicionado também não ficam distantes das mãos do motorista.
A alavanca de transmissão CVT está posicionada bem à frente e também garante fácil acesso. Entre ela e o apoio de braço central, há um prático porta-copos. O freio de estacionamento tem boa posição, tal como os pedais de freio e os comandos dos vidros/trava elétricas nas portas.
O ESP pode ser desligado no console, enquanto os retrovisores são regulados diretamente no painel. O controle de cruzeiro está logo atrás do volante. Outro que pode ser acessado mesmo pelo motorista, mas com algo risco de falta de atenção na estrada, é o porta-luvas.
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O volume interno foi dividido entre um interessante porta-garrafas e o porta-luvas propriamente dito, logo abaixo. O espaço interno é pequeno. Para quem gosta de dirigir bebendo e comendo como os americanos fazem, é um prato cheio. Ou melhor, garrafa cheia. Há ainda um porta-objeto sobre o painel.
Sob o apoio de braço há dois compartimentos, além de um porta-copos anexo logo atrás do conjunto, já no espaço destinado aos passageiros de trás. Aliás, lá o banco é bipartido com apoios de cabeça fixos, e há luz interna independente, tal como na frente.
O espaço tanto na frente quanto atrás é bom, graças à plataforma com 2,63 metros de entre eixos. A altura interna é boa nos dois espaços, garantindo maior conforto. No entanto, o espaço para um quinto passageiro é bastante reduzido pelo porta-copos central e pelo grande túnel central no assoalho.
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Preço
O Caliber oferece também um bom espaço no porta-malas, que varia conforme a regulagem do encosto do banco traseiro. Com 4,41 metros de comprimento e pesando em torno de 1.300 kg, o Caliber é um crossover (chamado hatch) que passa a imagem de um veículo robusto e confortável. E o preço compensa?
Não há importação oficial do Caliber para o Brasil, e provavelmente nunca haverá, pois os planos da Fiat-Chrysler para o Brasil parecem passar longe de um crossover compacto, afinal, a Fiat já terá o Freemont e o Dodge Journey. Como hatch, um possível Dodge dois volumes só mesmo com base Fiat por aqui.
Então, quem quer alguma exclusividade, abrindo mão de mais itens de luxo, conforto e sofisticação, o Caliber pode ser uma alternativa. Embora lembrando que por ser importado diretamente, não há qualquer garantia por parte do vendedor ou da Dodge no Brasil, embora a rede da marca exista e dê alguma assistência, logicamente cobrando por isso.
Agradecemos à revenda Andrecar pela oportunidade.

domingo, 26 de junho de 2011

Novo BMW M5 Taxi de Nurburgring é revelado

bmw m5 taxi nurburgring 1 Novo BMW M5 Taxi de Nurburgring é revelado
A BMW acaba de revelar a nova versão de seu tradicional M5 Taxi de Nurburgring. As pessoas pagam (caro) para dar umas voltas no modelo dentro do circuito de Nurburgring, nas mãos de pilotos profissionais.
O carro em questão tem alguns detalhes visuais exclusivos na lataria, mas em termos mecânicos ele é idêntico a um M5 que poderá ser comprado em concessionárias BMW do mundo todo.
bmw m5 taxi nurburgring 2 Novo BMW M5 Taxi de Nurburgring é revelado
Seu motor é um 4.4 V8 twin-turbo que entrega 560 cavalos de potência e 65 kgfm de torque. Seu câmbio é de sete marchas e dupla embreagem e o esportivo acelera de 0-100 em apenas 4,4 segundos. A máxima é de 305 km/h.

Japão: Ford Mustang V6 Sport Appearance

ford mustang sport appearance japao 1 Japão: Ford Mustang V6 Sport Appearance
O Ford Mustang está ganhando uma versão especial no Japão, chamada de Ford Mustang V6 Sport Appearance, ou V6 “aparência esportiva”. No exterior, o comprador pode escolher entre as cores Performance White e Grabber Blue, sempre com faixas esportivas.
Um aerofólio traseiro faz par com as rodas cromadas de 18 polegadas com pneus 235/50. No interior temos bancos forrados em couro. O modelo pode ser comprado na versão cupê ou na conversível, sempre com o motor 3.7 V6 que no Japão tem 309 cavalos.
Ford Mustang Sport Appearance Japao 2 Japão: Ford Mustang V6 Sport Appearance
A produção será limitada a 25 unidades do cupê e 25 unidades do conversível, com preços entre 54.250 e 63.000 dólares.

sábado, 25 de junho de 2011

Camaro SS conversível sai por R$102.000, mas no Chile

 Camaro SS conversível sai por R$102.000, mas no Chile
A GM está introduzindo no mercado chileno mais uma opção do Chevrolet Camaro. Na versão SS, o Camaroconversível chega por apenas R$102.000.
Desde ontem, as vendas do Camaro SS conversível começaram no Chile. Os consumidores terão nas mãos o controle de um dos esportivos mais desejados da atualidade.
Com motor V8 de 6.2 litros, 400 cv e 57 kgfm, o Camaro SS conversível vai garantir a diversão de muita gente com seu desempenho.
No Brasil, o Camaro SS é vendido apenas na versão cupê custando R$185.000 e se convertendo no carro com 400 cv mais barato do mercado.

Toyota exporta Avensis da Europa para o Japão

toyota avensis uk Toyota exporta Avensis da Europa para o Japão
Fazendo o caminho contrário do tradicional, a Toyota vai enviar lotes do modelo Avensis feito no Reino Unido para o Japão. A Avensis Tourer terá um lote mensal de 750 unidades.
Os lotes serão enviados da fábrica da Toyota em Derbyshire, diretamente para o Japão. A Toyota diz que os consumidores japoneses estão dando preferência ao estilo e engenharia européia.
Importar do Reino Unido, segundo a Toyota, seria um voto de confiança na fábrica britânica. Mas aí fica a pergunta: será que os ingleses não sabem fazer carros suficientemente bons para o mercado japonês?

Saab está sem dinheiro e fornecedores pedem a falência da empresa

saab 9 3 independence edition 1 Saab está sem dinheiro e fornecedores pedem a falência da empresa
O que será da Saab hein? A montadora declarou essa semana que não tem mais dinheiro pra pagar os funcionários. Ou seja, parada e sem dinheiro, a Saab está a um passo da falência.
Essa situação fez com que a associação dos fornecedores de autopeças da Europa (CLEPA) pedisse publicamente a falência da Saab.
Segundo a entidade, os empregados não receberão salários e ficarão desprotegidos caso a falência não seja decretada para preservar a integridade financeira dos trabalhadores.
A Saab se recusa a abrir falência, dizendo que estuda novas formas de financiamento para resgatar a produção e a saúde financeira.
A CLEPA diz que o esforço de Victor Miller em buscar dinheiro nos EUA é patético e que a Saab precisa de pelo menos US$1,4 bilhão para poder voltar à normalidade.
Pang Da e Youngman só conseguirão investir uma fração desse montante, e talvez até mesmo Vladimir Antonov, não consiga muito mais para salvar a Saab da bancarrota.
Com dívidas enormes, a Saab está como um barco à deriva em alto mar e sem socorro à vista. A crise atual ficou pior do que durante a crise mundial de 2008, quando foi colocada à venda pela GM. Será que a Saab sai dessa?

Aveo/Sonic terá uma variante monovolume na Europa

aveo mpv 1 Aveo/Sonic terá uma variante monovolume na Europa
A nova geração do Chevrolet Aveo, também conhecido como Sonic nos EUA, terá uma variante monovolume para o velho continente.
O modelo foi flagrado em testes no velho continente, revelando que a GM tem uma proposta mais familiar para a dupla de compactos recentemente apresentada.
Essa opção surgirá junto com a versão SUV, um modelo que encontrará mercado promissor tanto na Europa quando nos países do BRIC.
aveo mpv 2 Aveo/Sonic terá uma variante monovolume na Europa
A minivan terá em torno de 4 metros e espaço interno para cinco passageiros. Na Europa, a motorização ficará limitada a um 1.4 Ecotec a gasolina e um 1.3 CDTi diesel.
Aqui no Brasil, a GM vai investir na PM7, uma minivan com capacidade para 5 ou 7 lugares, aposentando Meriva e Zafira ao mesmo tempo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nas mudanças do Toyota Corolla, versões de entrada como a GLi acabam sendo as mais beneficiadas

toyota corolla gli 2012 auto press 1 Nas mudanças do Toyota Corolla, versões de entrada como a GLi acabam sendo as mais beneficiadas
A história do Corolla sempre seguiu um padrão: uma forte reformulação a cada cinco anos e uma mudança total, ou uma nova geração, a cada dez. A atual geração do três volumes foi lançada no Japão no final de 2000 e passou a ser produzida no Brasil em 2002. O face-lift de meia-vida na matriz foi em 2006 e chegou ao Brasil em 2008. E aí a história muda. Em 2010, a marca enfrentou o maior recall de sua história nos Estados Unidos.
Por isso, em vez de preparar uma nova geração, a Toyota procrastinou. Contabilizados os prejuízos, limitou-se a promover um tímido face-lift na linha 2011, que atingiu o modelo brasileiro em março. Foram mudanças sutis, mas que mostram a estratégia da Toyota de se manter ativa e garantir a liderança. Tática reforçada pelo novo ponto de equilíbrio na gama, que valorizou os modelos mais acessíveis, empurrados pelo motor 1.8 16V. Caso da versão GLi testada.
toyota corolla gli 2012 auto press 2 Nas mudanças do Toyota Corolla, versões de entrada como a GLi acabam sendo as mais beneficiadas
As alterações no motor 1.8 16V elevaram a potência de 136 cv para 144 cv com etanol – enquanto a versão 2.0 16V manteve seus 153 cv. Para isso, passou a adotar o comando de válvulas variável também no escape – antes era apenas na admissão –, o chamado Dual VVT-i. Nessa reengenharia, o torque cresceu em 1,1 kgfm, e passou a 18,6 kgfm. Segundo a Toyota, a variação no acionamento das válvulas foi melhorado graças à redução do atrito, através de tuchos hidráulicos e balancins roletados.
A queima também foi otimizada por velas de ignição mais finas e de longo alcance. Para aproveitar melhor as novas capacidades do propulsor, o câmbio manual passou a dispor de seis marchas – contra cinco da transmissão anterior e apenas quatro da caixa automática, que equipa opcionalmente a GLi e é de série nas versões acima dela.
toyota corolla gli 2012 auto press 3 Nas mudanças do Toyota Corolla, versões de entrada como a GLi acabam sendo as mais beneficiadas
Na estética, as mudanças foram pequenas, quase nulas. O Corolla ganhou uma nova grade, com aletas mais finas e curvas. Olhando de frente, o médio ficou mais próximo ao Camry, médio-grande da marca. O para-choque foi redesenhado, com os faróis de neblina ganhando nova disposição. De perfil, as únicas modificações ficam por conta das rodas de liga leve, que ganharam novo desenho.
Na traseira, ficam as principais alterações. As lanternas mantiveram a mesma área na tampa da mala, mas ficaram mais finas na parte do para-lamas. Elas ganharam lentes transparentes, leds e novo posicionamento da lâmpadas. O Corolla ainda ganhou um friso cromado horizontal, que ajuda a ampliar a sensação de largura ao sedã.
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Nos equipamentos, a versão GLi também se mostra mais racional, ao fazer a ponte entre os modelos com motor 1.8 e 2.0. Na prática, ela conta com quase todos os equipamentos da XEi, sem o propulsor maior e a obrigatoriedade da transmissão automática. Portanto, o Corolla GLi vem de fábrica com ar-condicionado digital, trio elétrico, direção assistida, airbag duplo, ABS, rádio/cd/mp3 com comandos no volante e volante com ajuste de altura e profundidade e pode receber ainda o câmbio automático.
A mais, a XEi tem revestimento em couro, cruise control, airbags laterais, faróis de neblina e lanternas traseiras em led. Com câmbio automático, a diferença fica em R$ 7 mil – R$ 70.070 contra R$ 77.070.
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A reação do mercado, no entanto, foi proporcional às tímidas mudanças do “novo” Corolla. Isso pode ser encarado, porém, até como boa notícia por parte da Toyota. No primeiro trimestre, a média de vendas do modelo era de 4 mil unidades/mês. Após as mudanças, subiu para 4,3 mil mensais. Ou seja: a liderança no segmento de sedãs médios nem tremeu. A bem da verdade, não apenas por mérito da Toyota. O Honda Civic, segundo colocado neste ranking, não muda nada desde seu lançamento, em 2006. E ainda está com problemas no fornecimento de peças vindas do Japão. Resultado: 2 mil vendas por mês.
Dentre os recém-lançados sedãs médios no mercado nacional, o único que conta com bom desempenho é o Volkswagen Jetta, com cerca de 1.700 unidades por mês. Renault Fluence e Peugeot 408 patinam bem abaixo das mil unidades mensais. Os demais do segmento têm perdido fôlego conforme a idade avança. Além desses, ainda vêm por aí este ano o Hyundai Elantra e o Chevrolet Cruze. Por isso, as mudanças do Corolla, apesar de relativamente pequenas, conseguem funcionar como novidade. O que se torna muito necessário em um segmento tão movimentado – e lucrativo.
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Instantâneas

# Pelas contas da Toyota, o Corolla lançado em 2008 no Brasil seria o da décima geração. Mas é apenas a quinta plataforma que o modelo usa desde seu lançamento, em 1966.
# Além de Japão e Brasil, o Corolla é produzido em mais 13 países: África do Sul, Canadá, China, Filipinas, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão, Tailândia, Taiwan, Turquia, e Venezuela. A fábrica em Fremont, na Califórnia, Estados Unidos, foi fechada em 2010.
# Até a chamada 5º geração, o Corolla dispunha de tração traseira. Só a partir de 1985 é que passou a ter tração dianteira.
# O ano de 2005 foi o melhor da história do Corolla. Foi o carro mais vendido do mundo, com 1,36 milhão de unidades.
# Nos últimos 40 anos, o Corolla foi o carro mais vendido do ano no Japão 36 vezes. Em todo o mundo, já foram mais de 35 milhões de vendas em 45 anos de mercado.
# Em 2010, a Toyota ficou à frente da General Motors por apenas 30 mil unidades. Foram 8,42 milhões de unidades contra 8,39 milhões.
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Ficha técnica - Toyota Corolla GLi 1.8 16V Dual VVT-i

Motor: Bicombustível, dianteiro, transversal, 1.798 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo de válvulas no cabeçote e variável na admissão e no escape. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 144 cv com etanol e 139 cv com gasolina a 6 mil rpm.
Torque máximo: 18,6 kgfm com etanol e 17,7 kgfm gasolina a 4.800 rpm.
Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,3 mm. Taxa de compressão: 12,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Não oferece controle de estabilidade.
Freios: A discos ventilados na frente e discos sólidos atrás com ABS.
Carroceria: Sedã médio em monobloco, de quatro portas e cinco lugares, com 4,54 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,48 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Airbags frontais.
Peso: 1.245 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 470 litros
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: Indaiatuba, São Paulo.
Lançamento mundial: 2000. Face-lift 1: 2006. Face-lift 2:2011.
Lançamento no Brasil: 2002. Face-lift 1: 2008. Face-lift 2:2011.
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Ponto a ponto

Desempenho – As mudanças mecânicas feitas pela Toyota foram muito bem-vindas. O motor 1.8 16V, agora com comando variável de válvulas também no escape, ganhou potência, alcançando a boa marca de 144 cv quando abastecido com etanol. Tal força se mostra principalmente depois das 2.500 rotações, quando o motor enche e move o Corolla com relativo vigor. Esse comportamento também é conseguido pelo bom câmbio manual de seis marchas, que tem um escalonamento bem progressivo. Os engates são curtos e bastante precisos – ainda mais por se tratar de uma caixa de seis marchas. O novo trem de força é bastante ágil e tem ótimo acerto. Nota 8.
Estabilidade – Nesse ponto, a Toyota precisa agradar os clientes mais fiéis – e conservadores. Por isso, a suspensão é mais molenga, o que tira um pouco do ímpeto esportivo de quem está atrás do volante. Mesmo assim, em curvas mais fortes, a carroceria aderna e torce um pouco – é uma plataforma com mais de uma década. Nas retas, a direção é precisa até os 150 km/h. Nota 6.
Interatividade – Na reestilização do começo do ano, a fabricante japonesa resolveu tratar de alguns dos problemas nesse ponto. O rádio/cd/mp3 ganhou uma entrada auxiliar localizada no console central, e o ar-condicionado é digital da GLi. Além disso, o câmbio merece elogios para a precisão nos engates. Mesmo assim, existem algumas falhas neste aspecto, como os controles para movimentar os retrovisores elétricos, que ficam escondidos atrás do volante, e o computador de bordo, com visor muito tímido. Nota 7.
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Consumo – O duplo comando variável de válvula não só melhora a potência, mas também o consumo do Corolla. A versão testada conseguiu a boa média de 9,2 km/l de etanol em um trajeto misto. Nota 8.
Conforto – A suspensão mais suave ganha pontos no conforto. Com acerto menos rígido, o Corolla trata bem os seus ocupantes, até mesmo na hora de superar os abundantes buracos das ruas e estradas brasileiras. Além disso, o interior se mostra bem resolvido, com bancos confortáveis que “vestem” bem o motorista. Nota 8.
Tecnologia – O motor 1.8 16V agora tem duplo comando variável de válvulas, o que o deixou mais ágil e econômico. O câmbio e os equipamentos de série também são bons. A plataforma, no entanto, é a mesma do Corolla de 2000 no Japão, lançado no Brasil em 2002. Em 2008, o modelo ganhou apenas uma modernização. Nota 7.
Habitabilidade – Por ter o mesmo tamanho que tinha há 11 anos, o Corolla tem dimensões defasadas frente aos seus rivais. A distância entre-eixos é de 2,60 metros, enquanto os médios mais modernos têm 2,70 m. Isso resulta em um certo aperto, principalmente para os ocupantes do banco traseiro. Além disso, não existem muitos porta-objetos no console central do modelo. O porta-malas recebe bons 470 litros, mas conta com alças que invadem a área da bagagem. Nota 6.
Acabamento – Para um carro de quase R$ 70 mil, o Corolla apresenta acabamento apenas razoável. Na parte superior do console central, o plástico é emborrachado e de boa qualidade. Em compensação, no console central, os materiais são muito rígidos e, em alguns pontos, não muito bem encaixados. As portas e bancos são revestidos por um tecido de aparente boa qualidade. Nota 7.
Design – A reestilização da linha 2012 do Corolla foi muito discreta. A grade dianteira foi refeita e as lanternas traseiras ganharam novo grafismo, com lentes transparentes. Em suma, as mudanças foram suficientes para aproximar o visual do Corolla do Camry, sedã médio-grande da fabricante japonesa. Nada que empolgue ou que espante. Nota 7.
Custo/Benefício – O principal concorrente do Corolla é o Honda Civic e isso fica claro no preço. Na versão testada GLi, o Toyota sai por R$ 67.070 enquanto o rival com equipamentos semelhantes sai por R$ 67.340. Com isso, o Corolla vem equipado com itens obrigatórios para um carro da categoria, como ar-condicionado digital, airbag duplo, ABS e rádio/cd/mp3. Rivais mais modernos como Peugeot 408 e Renault Fluence vêm mais equipados por menos, na faixa dos R$ 59 mil. Nota 7.
Total – O Toyota Corolla GLi somou 71 pontos em 100 possíveis.
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Impressões ao dirigir - Melhorias ocultas

O segundo face-lift do mesmo Corolla de 2000 serve, no mínimo, para dar um gás extra ao médio da Toyota e dar mais tempo para a empresa se recuperar e investir numa nova geração de verdade. E, mesmo que não seja tão efetiva assim, a mexida significa que a marca não se acomodou com o fato de ser líder absoluto do disputadíssimo segmento de sedãs médios. Mas as mudanças estéticas foram tão sutis que só servem mesmo para justificar o adjetivo “novo” nas campanhas de venda.
Mas o design nunca foi mesmo a arma de sedução do Corolla. As qualidades mecânicas e dinâmicas sempre falaram mais alto. E a grande alteração mecânica foi promovida no motor 1.8 16V, que equipa as versões mais baratas, XLi e GLi, que deixaram o modelo mais competitivo. O motor rende 144 cv, 8 cv a mais que antes. E essa melhoria é facilmente sentida. Acima das 2.500 rpm, o desempenho é bem satisfatório para um sedã com pretensões familiares. O entrosamento do propulsor com o câmbio manual também merece elogios. Com seis marchas, as relações são bem próximas e a queda de giros nas mudança é bem pequena. Na prática, isso significa que o motorista pode aproveitar melhor a faixa de torque em qualquer velocidade e economizar combustível.
No interior, o Corolla não sofreu qualquer mudança – a não ser por uma melhora na conectividade do sistema de som. A posição de dirigir é bem sentada, para aproveitar a boa altura da carroceria – 1,48 metro – e aumentar o aproveitamento longitudinal de espaço. O caso é que a maioria dos rivais também conhecem esse truque arquitetônico e ainda têm entre-eixos maior, por volta de 2,70 metros, contra 2,60 m do Corolla. Essa diferença é sentida no joelho de quem vai no banco de trás.
Os comandos, a alavanca de câmbio, o volante e até a ergonomia do banco indicam sempre que a condução deve ser parcimoniosa, familiar. O design do interior, no entanto, não leva esta lógica a fundo, pois faltam porta-objetos. Mas há alguns pequenos confortos impensáveis há poucos anos em um estóico carro japonês, como iluminação do para-sol com espelho iluminado, por exemplo.
Em outras palavras: a esportividade que a dupla motor/câmbio sugere fica apenas sob o capô. Inclusive porque é anestesiada, de cara, pela suspensão. Ela tem ajuste voltado para o conforto e não instiga a entrar em curvas com muita agressividade. Pelo menos, a carroceria não rola tanto a ponto de transmitir sensação de insegurança aos ocupantes. Além disso, as buraqueiras das cidades são superadas com facilidade e poucos solavancos. O acabamento continua igual. Ou seja, com plásticos de qualidade abaixo do esperado para um carro que beira os R$ 70 mil. No final, foram mudanças pontuais, mas suficientes para deixar o modelo da Toyota bem vivo no
mercado.
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