Muito se fala sobre o governo aumentar os impostos sobre carros importados, mais especificamente o IPI. Boatos dão conta de que para esses modelos o imposto poderá chegar a 53%, em uma medida protecionista digna do século passado.
A Associação Brasileira dos Importadores de Veículos acredita que a medida é um absurdo, pois os importados já tem que pagar 35% de imposto de importação. Atualmente, o esquema é o seguinte: para carros com motor de até 1.0 litro, as empresas têm de pagar 7% do imposto; para 1.0 a 2.0, recolhem 11% (motor flex) e 13% (à gasolina), e acima de 2.0 litros, arcam com 25%.
Os importadores são vistos como vilões, mas a Abeiva lembra que eles representam uma fatia pequena do mercado, de apenas 5,79%, sendo que a maior parte dos carros que chegam do exterior são das marcas que tem fábrica aqui, ou seja, mais de 356.000 unidades somente em 2011.
Gandini, da Kia, e também da Abeiva, comenta que não é contra incentivos, mas que se eles forem dados, deveriam se basear em outros critérios. Favorecer carros Flex ou que tenham mais itens de segurança seria um bom começo.
O advogado da Abeiva, Paulo Rosenthal, considera ainda que a regra do IPI, pela Constituição Federal, é de que as alíquotas são diferenciadas de acordo com a essencialidade do produto, baseada no caráter social do item. “Se for variar de acordo com o conteúdo nacional, será contra a Constituição”, afirma.
Outra coisa que atrapalha as importadoras é o dólar, que subiu consideravelmente nas últimas semanas e deverá fazer com que os importados passem de 20.000 unidades por mês para 15.000.
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