quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Empresas importadoras reclamam do possível absurdo aumento de impostos para carros de fora


kia cadenza Empresas importadoras reclamam do possível absurdo aumento de impostos para carros de fora
Muito se fala sobre o governo aumentar os impostos sobre carros importados, mais especificamente o IPI. Boatos dão conta de que para esses modelos o imposto poderá chegar a 53%, em uma medida protecionista digna do século passado.
A Associação Brasileira dos Importadores de Veículos acredita que a medida é um absurdo, pois os importados já tem que pagar 35% de imposto de importação. Atualmente, o esquema é o seguinte: para carros com motor de até 1.0 litro, as empresas têm de pagar 7% do imposto; para 1.0 a 2.0, recolhem 11% (motor flex) e 13% (à gasolina), e acima de 2.0 litros, arcam com 25%.
Os importadores são vistos como vilões, mas a Abeiva lembra que eles representam uma fatia pequena do mercado, de apenas 5,79%, sendo que a maior parte dos carros que chegam do exterior são das marcas que tem fábrica aqui, ou seja, mais de 356.000 unidades somente em 2011.
Gandini, da Kia, e também da Abeiva, comenta que não é contra incentivos, mas que se eles forem dados, deveriam se basear em outros critérios. Favorecer carros Flex ou que tenham mais itens de segurança seria um bom começo.
O advogado da Abeiva, Paulo Rosenthal, considera ainda que a regra do IPI, pela Constituição Federal, é de que as alíquotas são diferenciadas de acordo com a essencialidade do produto, baseada no caráter social do item. “Se for variar de acordo com o conteúdo nacional, será contra a Constituição”, afirma.
Outra coisa que atrapalha as importadoras é o dólar, que subiu consideravelmente nas últimas semanas e deverá fazer com que os importados passem de 20.000 unidades por mês para 15.000.

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